quinta-feira, 30 de agosto de 2007

ESTUDO SOBRE OS ANTECEDENTES DA I GUERRA MUNDIAL

“É preciso dizer abertamente que as raças superiores têm direitos sobre as raças inferiores (...) porque têm um dever para com elas – o dever de civiliza-las.”

Jules Ferry, primeiro ministro francês em 1880- discurso neocolonialista.


No final do século XVIII e ao longo do século XIX, a Europa passou por profundas transformações sociais, políticas e econômicas. A primeira fase da Revolução Industrial causou um grande impacto na sociedade e altera muitos valores já estabelecidos, representando o início da modernização econômica, da consolidação do capitalismo e da projeção do poder ocidental, notadamente o europeu, no mundo.Na primeira metade do século, a expansão européia foi limitada. A Inglaterra manteve seu domínio sobre a Índia e ocupou as cidades do Cabo e de Natal no sul da África. A França iniciou um longo processo de colonização da Argélia, no norte da África.
A partir de meados do século XIX, com a segunda fase da Revolução Industrial ocorreu significativa expansão dos Estados capitalistas europeus, os quais exploraram economicamente outros povos, por eles subjugados. O Imperialismo articulou o neocolonialismo, nova etapa de dominação de áreas, que representa um momento em que as burguesias das grandes potências ampliaram suas bases de investimentos, controlando as atividades econômicas dos países africanos e asiáticos. Iniciou-se a corrida em busca de colônias. A política neocolonialista foi incentivada pela busca de mercados consumidores, de matérias-primas e de mão-de-obra, pelos excedentes populacionais e pelo desenvolvimento do espírito nacionalista. Com a produção em massa da segunda fase da revolução industrial, os países europeus passaram a ter necessidade de mercados que absorvessem os seus excedentes manufaturados e para acelerar o processo de industrialização, precisavam de matéria-prima industrial e mão-de-obra barata. O desenvolvimento econômico e científico do século XIX, fez com que a população de algumas nações industrializadas começassem a crescer demais, não encontrando trabalho. Além disso, a rivalidade entre as nações estimulou o espírito nacionalista, o que obrigou os governos a se preocuparem com as demarcações de fronteiras, com a unificação de seus territórios e com a extraterritorialidade: ampliação dos domínios territoriais ao máximo.
Era necessário, no entanto, justificar essas medidas de caráter retrógrado para uma sociedade esclarecida. A justificativa das nações neocolonialistas era baseada no desenvolvimento de doutrinas racistas, religiosas e técnico-científicas, exaltando a “superioridade européia”.

Doutrina racista: O Imperialismo disseminou a ideologia da superioridade racial do branco, o europeu, em relação ao africano.

Doutrina religiosa: A Igreja Católica colaborou bastante com a dominação européia na África e na Ásia, pois afirmava que ela possuía a missão de salvar as almas dos infiéis para o cristianismo. Dessa forma, o clero transmitia aos povos desse continente os valores da civilização cristã ocidental.

Doutrina da supremacia técnico-científica: Os europeus, deslumbrados com os avanços nas ciências, consideravam-se superiores em relação aos demais povos, pois experimentavam um notável progresso científico.


“Algumas nações como a Inglaterra, a França e a Alemanha, reestruturaram seu universo simbólico, acionando signos, idéias e valores que sugeriram a união, a força e a capacidade de vencer do povo e do regime.”
Maria Luiza Tucci Carneiro



Em conseqüência, houve a desarticulação das sociedades asiáticas e africanas e a submissão ao poder imperialista europeu.

A PARTILHA DA ÁFRICA

Iniciou-se em 1815, quando os ingleses compraram dos holandeses as colônias do Cabo e do Natal. A partir desse momento, o governo inglês adotou a política de introdução de imigrantes e de liberdade e proteção aos negros da região. Desde 1807, o parlamento britânico havia decretado a abolição do tráfico de escravos terminando com a ação dos traficantes e em 1833, aboliu a escravidão nas suas colônias africanas. Essas medidas estão de acordo com a ordem capitalista, pois a burguesia inglesa queria que os africanos fornecessem matéria-prima e trabalhassem como assalariados, para consumir o produto inglês. A descoberta de minerais, os diamantes de Orange, na África, na década de sessenta, levou à valorização capitalista do continente. Leopoldo II, rei da Bélgica, dominou a região do Congo, entre 1875 e 1885. A partir de 1875, os ingleses compraram ações do canal de Suez, que liga o mar Vermelho ao Mediterrâneo, através do qual chegariam até à Índia e estabeleceriam sua área de influência no Egito, trampolim para dominar o continente africano.
Para evitar mais divergências pela partilha da África, Bismark propôs, em 1884, a reunião dos principais líderes políticos em Berlim, a fim de dividirem o continente sem problemas. Reuniram-se na Conferência de Berlim, em 1885, decidindo pela manutenção das boas relações entre as potências européias
, definição de normas a serem seguidas pelas potências colonialistas e liberdade de comércio da Bacia do Congo. Concomitante a esse fato, em 1886, Alemanha, Áustria e Itália formavam um bloco, a Tríplice Aliança.
A Inglaterra, apesar das decisões da Conferência de Berlim, mantinha a supremacia da ocupação africana.

Cecil Rhodes, poderoso capitalista inglês, fundador da British South África Company, ironizado na charge. Almejava ver as possessões britânicas se estenderem por toda a África.
(ver charge ao lado)

O neocolonialismo europeu foi responsável pela destruição das estruturas tradicionais das sociedades africanas. Em meio século, as famílias, as aldeias e as tribos foram incorporadas pelos colonizadores, que transformaram em dependentes suas populações.

O avanço capitalista na África e na Ásia quebrou definitivamente a auto-suficiência dos povos que ali viviam, algo visado pelos colonizadores, visto que colônias deveriam suprir a metrópole de matéria-prima. As economias colônias ficaram subordinadas às nações capitalistas, o que originou o subdesenvolvimento dos países colonizados.
No começo do século XX, a guerra entre as potências imperialistas e colonialistas era inevitável, e culminou com a Primeira Guerra Mundial

Os países europeus dominaram o continente africano através das armas e da religião.




POLÍTICA EXTERIOR DE OTTO VON BISMARCK

No final do século XIX, o grande progresso econômico das províncias germânicas já favorecia a sua unificação. Na liderança desse desenvolvimento estava a Prússia. O Partido Progressista Alemão, fundado em 1861, tornou-se a principal força no Parlamento da Prússia, opondo-se muitas vezes ao governo. Empossado em 1862 como chanceler, Otto von Bismarck aceitou o desafio de governar contra o Parlamento e sem um orçamento por ele aprovado. Para impor a cobrança de novas taxas, e assim financiar a reforma militar que pretendia fazer, recorreu a medidas repressivas, como a censura da imprensa e a restrição ao direito de reunião. Os êxitos na política exterior compensaram a fraca posição de Bismarck na política nacional. Em 1864 Bismarck levou a Prússia a uma guerra vitoriosa com a Dinamarca pela posse do Schleswig-Holstein(então dinamarquês, hoje pertencente à Alemanha). O objetivo de Bismarck, contudo, era anexar os dois ducados. O conflito acabou levando a uma guerra contra a Áustria, que saiu derrotada (1866). Sua política unificadora teve duas etapas. Na primeira conseguiu, depois da guerra de 1866 contra a Áustria , que Viena cedesse a Berlim a dominação no mundo germânico. A Liga Alemã foi dissolvida e substituída pela Liga Setentrional Alemã, que reunia todos os estados germânicos ao norte do rio Meno, tendo Otto von Bismarck como chanceler (primeiro-ministro). Completando a unificação da Alemanha no sentido da "pequena solução", Bismarck conquistou a Alsácia e a Lorena (regiões ricas em carvão e ferro, e portanto indispensáveis para o desenvolvimento da Alemanha), numa guerra contra a França (1870–1871) deflagrada por um conflito diplomático. Imbuídos de patriotismo, os estados do sul da Alemanha uniram-se à Liga Setentrional Alemã, constituindo o 2º Império Alemão ou Reich. Em Versalhes, o rei Guilherme 1º da Prússia foi proclamado imperador da Alemanha, no dia 18 de janeiro de 1871. Iniciou então uma série de reformas administrativas internas, criou uma moeda comum para todo o estado, instituiu um banco-central e promulgou um código civil e um código comercial comuns a toda a Alemanha.
Em política externa, presidiu o Congresso de Berlim de 1878 no qual atuou como mediador entre as grandes potências. Nesse mesmo ano, uma aliança com a Áustria-Hungria marcou uma nova etapa de conservadorismo na política de Bismarck, que se refletiu internamente através de sua política anti-socialista. Contudo, na intenção de contestar as críticas social-democratas, instituiu um sistema de previdência social — o primeiro da história contemporânea — que lhe atraiu o apoio de amplos setores operários. Em política externa, sua atividade centrou-se na criação de um complexo sistema de alianças, destinado a conseguir o isolamento internacional da França e a realçar o papel da Alemanha. Em 1890, seu poder começou a declinar em virtude de crescentes divergências com o novo Kaiser, Guilherme II, que levaram o chanceler a demitir-se em 18 de março.


UM PANORAMA DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


O objetivo das potências imperialistas era a repartição do mundo, a fim de garantir matéria-prima, mercado consumidor e mão-de-obra para sua produção industrial. Graças ao seu desenvolvimento industrial, a Inglaterra dominava a maioria dos mercados consumidores mundiais. Por sua vez, a Alemanha, logo após a unificação, entrou em grande desenvolvimento industrial e passou a disputar os mercados ingleses. A burguesia alemã lutava por uma nova divisão do mundo para consolidar o seu domínio. Além disso, o país cresceu nos mares, com uma grande frota de navios e várias companhias de navegação. Para consolidar os seus intentos capitalista e expansionista, o governo alemão projetou a construção de uma estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá. Tinha por finalidade o transporte de petróleo do Golfo Pérsico aos mercados ocidentais. A Inglaterra se opôs a esse projeto porque traria dificuldades para o comércio com suas colônias.
A perda da Alsácia-Lorena prejudicou a economia francesa que se viu privada das minas de ferro e carvão, fundamentais à sua indústria. Inconformados, os nacionalistas franceses pregavam o revanchismo e a recuperação dos territórios perdidos.
Desde 1886 a Alemanha liderava o bloco da Tríplice Aliança, composta pela Áustria e pela Itália. Mais tarde a França reagiu ao isolamento e revidou, formando com a Inglaterra a Entente cordiale, interessada em impedir a supremacia alemã. Em 1907, França e Inglaterra uniram-se à Rússia, formando a Tríplice Entente.


A PAZ ARMADA


No começo do século XX, os países capitalistas europeus estavam muito interessados em manter o equilíbrio internacional e a paz. Mas, contraditoriamente, os governos estimulavam a indústria de armamentos e recrutavam civis para aumentar os contingentes militares. Fabulosas quantias de verbas públicas foram desviadas às forças armadas nacionais, originando poderosos exércitos e frotas. O militarismo cresceu e a possibilidade de acordo para manter o equilíbrio entre as nações imperialistas era cada vez mais difícil. A corrida naval entre Inglaterra e Alemanha foi intensificada em 1906 pelo surgimento do HMS Dreadnought, revolucionário navio de guerra. Uma evidente corrida armamentista na construção de navios desdobrava-se entre as duas nações. Dessa forma, os países europeus foram conduzidos a uma política armamentista.
Quanto tempo!!! Essa pesquisa foi feita quase que inteiramente no livro : História, Marlene Ordones e Júlio Quevedo, coleção Horizontes.
Livro texto de história oitava série - Bibliex
Por hoje é isso aí, pessoal!
Logo que eu tiver mais tempo eu posto mais figuras, enfim...
Beijinhos, e até!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

CHARGES - Interpretações

Olá, pessoal!

Infelizmente não pude postar antes as interpretações das charges. Estive doente no final de semana e agora que estou me recuperando consegui fazer esse trabalho.


MODO DE FAZER UM PADRE JURAR

Em 1789, membros do 3° Estado se voltam contra o monarca absolutista e juntamente com grupos que o apoiavam (o baixo clero e a pequena nobreza) declaram-se em Assembléia Nacional. Ocorre a tomada da Bastilha (considerada o símbolo do absolutismo francês) e a insegurança provocada por essa revolta contra os nobres, funcionários reais e alta burguesia, fez com que Luís XVI acatasse as novas leis da Assembléia Nacional. Depois que o governo da França nacionalizou os bens eclesiásticos na tentativa de solucionar a questão do déficit das contas públicas (pagando, em compensação, uma pensão aos clérigos incumbidos de tarefas pastorais), a maioria dos bispos e sacerdotes, inconformados, abandonaram a assembléia. Iniciou-se um novo período no que se refere às relações entre a Igreja e o Estado, através da tentativa de a primeira instituição fosse inteiramente dependente da segunda. A partir de fevereiro de 1790, vários decretos (com a influência iluminista) são impostos contra as Ordens Religiosas e os cristãos presentes na Assembléia. Suprimiram-se todas as Ordens contemplativas, ou seja, aquelas que não se dedicavam a uma função pública, pedagógica, de saúde. Para os religiosos que aceitassem secularizar-se, ou seja, tornar-se “leigo” religiosamente, seria oferecida uma pensão vitalícia e os outros (que não aceitassem) deveriam ser reagrupados, para deixar seus conventos à disposição da nação. Soma-se a isso o fato de que se proibiu a emissão de novos votos por parte dos noviços e postulantes de todas as Ordens, em nome da Liberdade.
Em julho de 1790, a Assembléia aprovou a Constituição Civil do Clero, lei que pretendia reorganizar a Igreja Francesa. Dentre as mudanças instituídas os limites das dioceses foram fixados de acordo com a recente divisão política do território em “departamentos”. Além disso, bispos e párocos passavam a ser eleitos pelo “povo soberano” das suas respectivas circunscrições, no qual estavam incluídos protestantes, judeus e até ateus. Os bispos já não receberiam a investidura canônica do Papa, mas do seu arcebispo metropolitano, limitando-se a comunicar ao Santo Padre a sua nomeação, o que, na prática, representava um cisma. E os próprios bispos não podiam mais tomar medida alguma sem o apoio de um conselho permanente de sacerdotes, o que redundava em heresia, pois significava negar-lhes os poderes hierárquicos instituídos pelo próprio Cristo. Obviamente, houve reação da quase totalidade dos que estavam à frente de uma diocese.
Como a resistência às medidas da Constituição Civil foi exacerbada, a Assembléia aprovou nova lei no dia 27 de novembro de 1790, obrigando bispos, párocos e todos os que exercessem funções pastorais a prestar juramento de que apoiariam fielmente a Constituição Civil do Clero decretada pela Assembléia Nacional e aceita pelo Rei. Os que recusassem prestar o juramento, deveriam considerar-se demitidos dos seus ofícios pastorais, e se insistissem em exercer suas funções seriam perseguidos como “perturbadores da ordem pública”. Então a Igreja francesa se dividiu em duas: a dos juramentados (essencialmente os padres do baixo clero) e a dos refratários (que não tinham prestado juramento). Na França inteira, pouco menos que a metade dos sacerdotes cedeu. “Nós lhes tomamos os bens”, comentaria o deputado Mirabeau, “mas eles guardaram a honra”. Inicialmente, os refratários foram tolerados pelo governo, ao passo que os juramentados foram unanimemente desprezados pelo povo.
Concluímos então que essa charge satiriza esse episódio em alusão àqueles que se negaram a prestar o juramento a Constituição. Subtende-se no desenho que só seria possível que eles jurassem erguendo-lhes a mão direita por meio de uma roldana.
Mais tarde, Napoleão Bonaparte se aproxima da Igreja ao assinar a Concordata de 1801, um acordo entre a Igreja e o Papa, pelo qual o Sumo Pontífice concordou em não reivindicar as terras confiscadas da Igreja e em aceitar a indicação dos bispos da França por Napoleão.


OS TRÊS ESTADOS

A sociedade francesa no Antigo Regime era estamental, ou seja, mantinha as pessoas numa mesma ordem desde o nascimento, e encontrava-se dividida em três estados. O primeiro estado era formado pelos componentes da Igreja, o alto clero e o baixo clero. O alto clero apoiava o rei absolutista, pois seus integrantes descendiam da nobreza, exerciam cargos públicos e viviam em meio ao luxo. O baixo clero se opunha ao absolutismo já que seus membros eram oriundos de famílias do terceiro Estado.
O segundo Estado era formado pela nobreza, enfraquecida pelo rei absolutista, desprovida de bens e de força política (o que causava sua dependência do monarca).Esse estado se dividia em: nobreza cortesã (vivia das pensões pagas pelo rei e com ele morava no Palácio de Versalhes), nobreza provincial (vivia no campo e tirava seu sustento da exploração dos camponeses) e nobreza togada (formada por burgueses endinheirados que compravam títulos dos nobres falidos). O terceiro Estado era representado por pequenos proprietários de terra, artesãos, burgueses, operários, camponeses, servos e os sans-culottes, cerca de 96% da população.Desses, a grande maioria pagava impostos, o que lhes esgotava com quase 70% da renda.
Juntos, o primeiro e o segundo estados concentravam terras, poder político, controlavam o exército e as terras, ocupavam cargos administrativos e, além disso, possuíam privilégios como receber rendas e não pagar impostos. Já o terceiro estado sozinho pagava impostos absurdos, sustentando o governo e conseqüentemente os dois primeiros estados.
Por enquanto, vão só essas duas. Quando eu puder, posto mais charges com as interpretações, e outras coisas interessantes referentes ao que está sendo estudado.
Bibliografia:
História Moderna e Contemporânea - Bibliex

sábado, 23 de junho de 2007

O CONDE DE MONTE CRISTO, Alexandre Dumas

Na última sexta-feira, dia 22 de junho de 2007, um dos grupos do trabalho de história sobre Revolução Francesa, abordou em aula sobre a vida de Napoleão Bonaparte, e um dos fatos citados me fez lembrar um filme que assisti pela primeira vez há uns dois anos.

Uma das melhores e mais conhecidas obras do célebre romancista francês Alexandre Dumas - Villers-Cotterêts, 24 de julho de 1802— Puys, 5 de dezembro de 1870-, O Conde de Monte Cristo fez também muito sucesso nos cinemas (depois de Os Três Mosqueteiros e O Homem da Máscara de Ferro, O Conde de Monte Cristo é o livro de Alexandre Dumas com mais adaptações para as telas). Publicado em folhetins e posteriormente em livros, o romance chegou ao Brasil em 15 de junho de 1845, ou seja, nove meses após o início da publicação na França. Segundo Marlyse Meyer, ao realizar uma citação, “em 1930, para forçar a leitura do Jornal do Commércio, era preciso publicar em folhetim, O conde de Monte Cristo e Giuseppe Balsamo”. A paixão do público por O conde de Monte Cristo se mantém intacta após uma dezena de adaptações cinematográficas, sem contar as mais recentes para a televisão.

ENREDO – Filme de 2002

Em 1814 Napoleão Bonaparte, o imperador francês, foi exilado na Ilha de Elba, na costa da Itália. Temendo que viessem resgatá-lo, seus captores britânicos atiravam contra qualquer um que surgisse na praia, por mais inocente ou aflito que fosse. Por precisarem de socorro médico, pois o capitão do navio mercante Pharaon contraíra meningite, é exatamente neste lugar que Edmond Dantès (James Caviezel), o 2º imediato, juntamente com o melhor amigo de Dantès, Fernand Mondego (Guy Pearce), representante do dono do navio, resolvem aportar. Isto inicia um pequeno combate, que só termina quando Napoleão garate que os desconhecidos não eram agentes dele. Quando a situação se acalma, Napoleão pede para Edmond entregar uma carta pessoal para um amigo dele. Napoleão garante que não há nada de mais na carta, então Dantès concorda.
Ao chegarem em Marselha Morell (Patrick Godfrey), o dono da companhia de navegação, quer saber o que houve, então chama Danglars (Albie Woodington), o 1º imediato juntamente com Dantes, que assume a responsabilidade. A determinação e a coragem de Edmond agradam Morell, que o nomeia o novo capitão do Pharaon, o que deixa Danglars muito irritado. Dantès, feliz com a promoção, vai correndo contar a boa nova para Mercedes Iguanada (Dagmara Dominczyk), sua noiva, com quem pensa em se casar num futuro próximo. Porém, o novo oficial de marinha Edmond Dantès é acusado por crime contra a segurança do Estado, pela falsa acusação partida de Danglars, que o odiava, e seu melhor amigo, Fernand, que desejava ter o caminho livre para cortejar Mercedes.
Senteciado, é encarcerado no Chateau d'If , perto de Marselha. Aí penou até que um dia as coisas começam a mudar, no momento em que o abade Faria (Richard Harris), outro prisioneiro, surge repentinamente. Ao tentar escapar o abade escavou por cinco anos um túnel, mas errou nos cálculos e foi parar na cela de Edmond. Os dois fazem amizade e o religioso ensina muitas coisas para Dantès. O velho Faria, antes de morrer, revela-lhe a existência de um fabuloso tesouro escondido nas cavernas da ilha de Monte Cristo. Quando Faria morre, Dantès ocupa o lugar do abade no saco, que foi jogado ao mar. Consegue libertar-se e tomar posse do tesouro. Regressa ao convívio da sociedade ostentando o enigmático título de conde, e planejando uma vingança.


quinta-feira, 7 de junho de 2007

A REVOLUÇÃO GLORIOSA

A segunda manifestação da crise do regime monárquico e absolutista na Inglaterra.


A Revolução Inglesa




Considerando as revoluções de 1640 e de 1688 como parte de um processo, pode-se afirmar que a Inglaterra atingira, no século XVII, um notável desenvolvimento econômico, tendo sido a atuação da monarquia absolutista um elemento importante nesse processo.
Henrique VII e Elizabeth I:


  • Unificaram o país


  • Dominaram a nobreza


  • Diminuíram a autoridade papal


  • Criaram a Igreja Anglicana


  • Entraram na disputa colonial

  • Confiscaram as terras da Igreja Católica


A Burguesia



Durante o século XVII, a burguesia inglesa cresce de tal forma economicamente que vêem que não precisam mais do rei. Passaram, então, a se opor ao monarca, na busca pelo controle político do país.
Como a burguesia estava dividida?


A Burguesia Mercantil


Depois de realizar tarefas de estilo burguês, o poder absolutista tornou-se incômodo e desnecessário, pois passava a ser um obstáculo ao avanço da burguesia mercantil. Parte dos recursos do Estado vinha da venda de monopólios externos e internos. Esses monopólios sobre o comércio exterior, o sal, o sabão, o alúmen, o arenque e a cerveja beneficiavam um pequeno grupo de capitalistas, a grande burguesia mercantil.

A Burguesia Comercial


Os monopólios internos e externos, prejudicavam a burguesia comercial que
não tinha a liberdade para seu comércio, e os artesãos, de modo geral, porque pagavam mais caro por gêneros básicos de alimentação e produtos indispensáveis a sua atividade. Ao mesmo tempo, a garantia dos privilégios das corporações de ofício impediam o aumento da produção industrial, pois limitavam a entrada de novos produtores nas áreas urbanas.



Richard Cromwell


Ao morrer, em 1658, Oliver Cromwell passa o cargo de Lorde Protetor para o seu filho Richard. Richard, contudo, não era nem tão inteligente nem tão carismático quanto seu pai. Iniciou-se um período de instabilidade e de lutas internas e a fraqueza de Richard amedrontava o exército.

Carlos II


O Parlamento voltou a reunir-se, decidindo pelo restabelecimento da monarquia, com o retorno da Dinastia Stuart. Dessa forma, Carlo II, simpatizante do catolicismo, assume o poder tentando fortalecer o absolutismo na Inglaterra.


Jaime II



Diante das pretensões do Monarca, o Parlamento dividiu-se em dois partidos: Whig- composto de burgueses liberais adversários dos Stuart- e Tory-conservadores, absolutistas, Pró-Stuart e anglicanos. Com a morte de Carlos II, Jaime II toma o poder.



O “Golpe”

Durante o reinado de Jaime II, cresce o descontentamento da alta burguesia e da nobreza anglicana. Ele puniu os revoltosos, aos quais negava o habeas-corpus
Em 1688, um acontecimento desfez toda a base política de Jaime II, fortalecendo decisivamente a oposição e precipitando uma revolução que derrubaria o absolutismo inglês.


Um Herdeiro


Depois do casamento com uma esposa protestante, do qual nasceram duas filhas, Jaime II, já idoso, casou-se novamente, dessa vez com uma católica.

  • 1688 - Inesperado nascimento de um herdeiro católico.

    Whigs e Tories, contrários à sucessão de um governante católico, que poderia reinstalar o catolicismo e o absolutismo, aliaram-se contra Jaime II.



Guilherme de Orange

O parlamento ofereceu o trono a Guilherme de Orange, protestante, casado com uma das filhas do primeiro casamento de Jaime II e Chefe de Estado da Holanda. Foi um movimento pacífico. Jaime II refugiou-se na França e um novo Parlamento proclamou Guilherme e Maria rei e rainha da Inglaterra. Guilherme III jurou o Bill of Rights, que estabelecia a monarquia parlamentar, determinou a criação de um exército permanente, a garantia da liberdade de imprensa e da liberdade individual, a proteção à propriedade privada e a autonomia de atuação do poder judiciário.










segunda-feira, 4 de junho de 2007

GABARITO DOS EXERCÍCIOS - TURMA 801- REVOLUÇÃO GLORIOSA

Olá, pessoal!
Aqui vai o gabarito!
Beijos a todos

NUMERE - de 1 a 12:
( 3 )
( 5 )
( 4 )
( 2 )
( 11 )
( 9 )
( 12 )
( 7 )
( 10 )
( 1 )
( 8 )
( 6 )

13) Resposta: Quando Jaime II teve um filho ( Jaime Eduardo), em 1688, a questão na Inglaterra agravou-se. Até ali, o trono seria passado para a sua filha protestante Maria. A perspectiva de uma dinastia católica tinha-se tornado agora real. Líderes do partido Tory, até o momento leais ao rei, uniram-se a membros da oposição Whig, e decidiram resolver a crise.

14) Resposta: A revolução gloriosa pode ser vista mais como um golpe de estado do que como uma autêntica revolução, pois foi notavelmente pacífica, sem caráter militar e sem mobilização da população para guerra.

15) Resposta: Ao ser coroado rei, Guilherme III jurou a Bill of Rights. Esse documento tornava impossível qualquer retorno à monarquia por um católico, e acabou com as tentativas recentes para a instituição do absolutismo monárquico nas ilhas britânicas, ao restringir os poderes do monarca. O evento marcou a supremacia do parlamento sobre a coroa.

Até quinta-feira postarei o conteúdo e as fotos dos slides!!!

sexta-feira, 11 de maio de 2007

DELÍCIAS DO SÉCULO XIX

Irresistível!


Chocolate em barra - 1848




Chiclete - 1869


Ketchup e batatas fritas - 1876




Ice Cream Soda - 1874




Milk Shake - 1889




Sundae e Banana Split - 1890







Cereais em flocos ( algo saudável finalmente!) - 1894




Sopa Campbell's - 1898

Hmmm...

Guia dos Curiosos

A MÁQUINA FOTOGRÁFICA, A FOTOGRAFIA, A CÂMERA CINEMATOGRÁFICA, O CINEMA E O CINEMATÓGRAFO.

"Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração".
( Henri Cartier-Bresson 1994)

Aquela que nos permite materializar momentos lindos de nossa vida em imagens concretas, e nos faz relembrar com detalhes estes mesmos instantes de felicidade. Aquela que desenha, em papel luminoso ou na tela de um computador, belos lugares, imagens de profunda beleza e de imensa pobreza, histórias de famílias e amigos, artistas e mendigos, longas viagens e curtos passeios. Aquela que foi tirada pela primeira vez em 1825, pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, fruto de um longo processo ( que atravessou séculos) de grandes descobertas na área óptica. A câmera que evoluiu até o surgimento das atuais máquinas fotográficas digitais, chamava-se câmera obscura, e tem sua origem num período muito anterior ao do surgimento da fotografia. Ainda hoje os dispositivos de fotografia são conhecidos como "câmaras".



O INÍCIO



A fotografia, portanto, não tem um único inventor, ela é uma síntese de várias observações e inventos em momentos distintos. A primeira descoberta importante para a fotografia foi a Câmara Escura. O conhecimento do seu princípio ótico é atribuído, por alguns historiadores, ao chinês Mo Tzu no século V a.C., outros indicam o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) como o responsável pelos primeiros comentários esquemáticos da Câmera Obscura. Aristóteles, sentado sob uma árvore, analisou a imagem do sol, em um eclipse parcial, projetando-se no solo em forma de meia lua ao passar seus raios por um pequeno orifício entre as folhas de um plátano. Observou também que quanto menor fosse o orifício, mais nítida era a imagem.
Primeira ilustração publicada da Câmara Escura, 1545.A Europa foi tomada pela superstição e pela ignorância durante muitos anos, não dando espaço ao conhecimento válido, às ciências comprováveis e concretas. Todas as informações obtidas pelos gregos foram resguardadas com os orientais, responsáveis por grande desenvolvimento da óptica. Um exemplo disso foi as observações feitas pelo erudit
o árabe, Ibn al Haitam (965-1038), o Alhazem, que observou um eclipse solar com a câmara escura, na Corte de Constantinopla, em princípios do século XI.
Nos séculos seguintes a Câmara Escura se torna comum entre os sábios europeus, para a observação de eclipses soloares, sem prejudicar os olhos. Entre estes sábios estão o inglês Roge
r Bacon (1214-1294) e o letrado hebreu Levi ben Gershon (1288-1344). Em 1521, Cesare Cesariano, discípulo de Leonardo da Vinci, descreve a Câmara Escura em uma anotação e em 1545, surge a primeira ilustração da Câmara Escura, na obra de Reiner Gemma Frisius, físico e matemático holandês.

No século XIV já a câmara escura passou a ter uma importante utilização nas artes, como auxílio ao desenho e à pintura. Leonardo da Vinci (1452-1519) fez uma descrição da câmara escura em seu livro de notas sobre os espelhos, mas não foi publicado até 1797. Giovanni Baptista della Porta (1541-1615), cientista napolitano, em 1558 publicou uma descrição detalhada sobre a câmera e seus usos no livro Magia Naturalis sive de Miraculis Rerum Naturalium. Esta câmara era um quarto estanque à luz, possuía um orifício de um lado e a parede à sua frente pintada de branco. Quando um objeto era posto diante do orifício, do lado de fora do compartimento, a sua imagem era projetada invertida sobre a parede branca. Em seguid
a, a Câmara Escura passou a ser utilizada para vários outros fins:
· Em 1620, o astrônomo Johannes Kepler utilizou uma Câmara Escura para desenhos topográficos.
· O jesuíta Athanasius Kircher, professor de Roma, descreveu e ilustrou uma Câmara Escura em 1646, que possibilitava ao artista desenhar em vários locais, transportada como uma liteira.
· Em 1685, Johan Zahn descreve a utilização de um espelho, para redirecionar a imagem ao plano horizontal, facilitando assim o desenho nas câmaras portáteis.

A imagem produzida através de uma lente é bastante nítida devido à refração. Os raios de luz divergentes refletidos por um ponto do sujeito são refratados pela lente e passam a convergir a um único ponto.
O fato de quanto menor o orifício, a imagem se torna mais nítida, que foi escrito acima, também trouxe outro problema, pois proporcionalmente a nitidez, a imagem se tornava escura. Este problema foi resolvido em 1550 pelo físico milanês Girolano Cardano, que sugeriu o uso da lente biconvexa junto ao orifício, permitindo desse modo aumentá-lo, para se obter uma imagem clara sem perder sua nitidez. Isto foi possível, graças à capacidade de refração do vidro, que torna convergentes os raios luminosos refletidos pelo objeto; assim, alente fazia com que para cada ponto luminoso do objeto correspondesse a um ponto na imagem, formando-se ponto por ponto da luz refletida do objeto uma imagem puntiforme.
Outro aprimoramento na câmera escura apareceu: foi instalado um sistema junto com a lente que permitia aumentar e diminuir o orifício. Este foi o primeiro diafragma. Quanto mais fechado o orifício, maior era a possibilidade de focalizar dois objetos a distâncias diferentes da lente. Em 1573, o astrônomo e matemático florentino Egnatio Danti, em La perspecttiva di Euclide, sugere mais um aperfeiçoamento: a utilização de um espelho concavo para reinverter a imagem. Em 1580, Friedrich Risner descreve uma câmara escura portátil mas a publicação só foi feita após a sua morte, na obra Optics de 1606.
Um sistema de lentes que combinavam três distancias focais diferentes, é elaborado por Daniel Schwenter, este mesmo é utilizado por Hans Hauer em sua panorâmica de Nuremberg e mais tarde evoluiria para um sistema de lentes intercambiáveis. Descobre-se também, que não era necessário o artista se introduzir dentro da câmara, mas podia leva-la ao que lugar que fosse sob seu braço... Coisas certamente maravilhosas, mas com ela surge um novo desafio que só pode ser superado com a ajuda da química: como passar as imagens captadas para o papel sem precisar de desenhista ou pintor de retratos?
O cientista italiano Ângelo Sala, observou que um certo composto de prata se escurecia ao ser exposto ao sol, no ano de 1604, e mais de um sé
culo depois, em 1727, o professor de anatomia Johann Heirich Schulze, da universidade alemã de Altdorf, notou que um vidro que continha ácido nítrico, prata e gesso se escurecia quando exposto à luz proveniente da janela. Por eliminação, ele demonstrou que os cristais de prata halógena ao receberem luz, e não o calor como se pensava à época de Ângelo, se transformavam em prata metálica negra. Sua intenção com essas pesquisas era a fabricação artificial de pedras luminosas de fósforo, como ele as denominava. As suas observações foram acidentais, casuais, e por este motivo, não tinham utilidade prática neste período, Schulze cedeu suas descobertas à Academia Imperial de Aldorf, em Nürenberg, na apresentação intitulada "De como descobri o portador da Escuridão ao tentar descobrir o portador da Luz".



ENTÃO, SURGE A FOTOGRAFIA



Houve dois fatos antecedentes à invenção da fotografia. O primeiro diz respeito à Thomas Wedgwood. Ele obteve imagens mediante a ação da luz sobre o couro branco impregnado de nitrato de prata. O segundo fato foi o de o químico Karl Scheele descobrir que o amoníaco com excelência como fixador.

Joseph Nicéphore Niépce, produziu a primeira imagem fotográfica numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo chamado Betume da Judéia. Esta foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Niépce e Daguerre (que também desenvolvia trabalhos na fotografia) durante algum tempo mantiveram correspondência sobre seus trabalhos. Em 1829 firmaram uma sociedade com o propósito de aperfei
çoar a heliografia, compartilhando seus conhecimentos secretos. Esta sociedade não deu certo porque Daguerre percebeu as grandes limitações do betume da Judéia e decidiu prosseguir sozinho com a prata halógena. Em 1835 Daguerre desenvolveu um processo usando prata numa placa de cobre denominado daguerreotipo. O daguerreotipo tornou-se mais popular pois atendeu à demanda por retratos exigida da classe média durante a Revolução Industrial. Esta demanda, que não podia ser suprida em volume nem em custo pela pintura a óleo, deve ter dado o impulso para o desenvolvimento da fotografia. Dois anos após a morte de Niépce, Daguerre descobriu que uma imagem quase invisível, latente, podia-se revelar com o vapor de mercúrio, reduzindo-se, assim, de horas para minutos o tempo de exposição. Conta a história que uma noite Daguerre guardou uma placa sub-exposta dentro de um armário, onde havia um termômetro de mercúrio que havia se quebrado. Ao amanhecer, abrindo o armário, Daguerre constatou que a placa havia adquirido uma imagem de densidade bastante satisfatória, tornara-se visível. Quase simultaneamente, William Fox Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia, mas demorou em anunciar e não foi mais reconhecido como seu inventor.
Recentemente, os processos fotográficos modernos sofreram uma série de refinamentos e aprimoramentos sobre os fundamentos de William Fox Talbot. A fotografia tornou-se muito importante para o mercado em em 1901 com a introdução da câmera Brownie-Kodak e, em especial, com a industrialização da produção e revelação do filme. Muito pouco foi alterado nos princípios desde então, além de o filme colorido tornar-se padrão, o foco automático e a exposição automática. Houve a fase da fotografia em preto e branco, meio tom e colorida. A gravação digital de imagens está crescentemente dominante, pois sensores eletrônicos ficam cada vez mais sensíveis e capazes de prover definição em comparação com métodos químicos.

A fotografia digital é a fotografia tirada com uma câmera digital ou determinados modelos de telefone celular, resultando num arquivo de computador que pode ser editado, impresso, enviado por e-mail ou armazenado em websites ou CD-ROMs. Em 1990, a Kodak lançou o DCS 100, a primeira câmera digital comercialmente disponível. Seu custo impediu o uso em fotojornalismo e em aplicações profissionais, mas a fotografia digital nasceu.
Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de consumo, e estão provavelmente substituindo gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos cai e a qualidade da imagem melhora.
A fotografia tradicionalmente revelada permanecerá, pois os amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais e técnicas.




A CÂMERA CINEMATOGRÁFICA



Quem é que não gosta de ir ao cinema? Então, a mágica da câmera obscura ainda acontece hoje, séculos depois daquelas primeiras grandes caixas. Mas a imagem que bate na parede hoje não é simples reprodução do mundo exterior, mas sim o resultado do trabalho de dezenas, às vezes centenas de pessoas que criaram todo um mundo imaginário, que existe apenas no momento da sua projeção. As diferenças entre as antigas câmeras e as atuais encontram-se apenas na comodidade e praticidade no uso e manuseio dos equipamentos.
O cinema nasceu de várias inovações que vão desde o domínio fotográfico até a síntese do movimento utilizando a persistência da visão com a invenção de jogos ópticos. Dentre os jogos ópticos inventados vale a pena destacar o thaumatrópio (inventado entre 1820 e 1825 por William Fitton), fenacistoscópio (inventado em 1829 por Joseph-Antoine Ferdinand Plateau), zootropo (em 1834 por William George Horner) e praxinoscópio (em 1877 por Émile Reynaud). Em 1888, Émile Reynaud melhorou sua inveção e começou projetar imagens no Musée Grévin durante 10 anos. Em 1876, Eadweard James
Muybridge fez uma experiência, primeiro colocou doze e depois vinte e quatro câmaras fotográficas ao longo de um hipódromo e tirou várias fotos da passagem de um cavalo. Ele obteve assim a decomposição do movimento em várias fotografias e através de um zoopraxinoscópio pode recompor o movimento. Em 1891, Thomas Edison inventou o cinetógrafo e posteriormente o cinetoscópio. O último era uma caixa movida a eletricidade que continha a película inventada por Dickson mas com funções limitadas. O cinetoscópio não projetava o filme.
A data de 28 de dezembro de 1895 é de extrema importância no que se refere ao cinema e sua história. Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo. O evento causou comoção nos 30 e poucos presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária. O filme exibido foi L'Arrivée d'un Train à La Ciotat.

O cinema hoje, principalmente Hollywood, nos Estados Unidos, é uma grande indústria que movimenta quantias exorbitantes de capital. O desenvolvimento da tecnologia digital proporcionou a elaboração de efeitos especiais bárbaros. A cinemat
ografia passou por diversas fases. O cinema das origens era mudo. As projeções sonoras públicas, realizadas através da sincronização do projetor com um toca discos, inauguraram-se em 1912 no Gaumont-Palace. Em 1927, surgem os dois primeiros longas-metragens falados: O cantor de jazz (Warner) e O sétimo céu (Fox).
No ano de 1947, o cinema passa por um período obscuro de sua história, quando o Comitê de Segurança dos Estados Unidos fez a primeira lista negra de Hollywood acusando 10 diretores de promover propaganda comunista. A lista é aumentada ainda nos anos cinqüenta incluindo além dos diretores, atores e até escritores. Charlie Chaplin estava nesta lista.




Bibliografia:



http://www.cameraescura.com.br/camera_escura.htm capturado em 09.05.07
http://www.cotianet.com.br/photo/hist/indice.htm capturado em 10.05.07
http://www.mnemocine.com.br/cinema/manual_cine_cap4_camera.pdf capturado em 11.05.07
http://pt.wikipedia.org/wiki/Câmera_de_vídeo capturado em 08.05.07
Enciclopédia Larousse Cultural, editora Nova cultural, número 6, página 1411. Visto no dia 10.05.07
Almanaque Abril 2007, Editora abril. Visto no dia 10.05.07